quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Roma locuta, causa finita





Celso Deretti


No dia 15 de agosto de 1997, em Castel Gandolfo, no vigésimo primeiro ano de seu pontificado, o Papa João Paulo II assinou a Carta Apostólica “Laetamur Magnopere” (Alegramo-nos Grandemente), com a qual é aprovada e promulgada a edição típica latina do Catecismo da Igreja Católica. Um trabalho exaustivo, iniciado em 1986, que mobilizou bispos e teólogos do mundo inteiro.
O que torna o Catecismo da Igreja Católica único? Duas palavras manuscritas na página seis: João Paulo II. No momento em que o Papa João Paulo II assinou esta carta, imediatamente os 2865 parágrafos da redação final do catecismo foram ligados nos céus. Isso significa que também seremos julgados de acordo com a observância ou não de tudo o que o Magistério da Igreja ensina em matéria de fé e costumes.

Quem outorgou este poder ao Papa? O próprio Jesus:  “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 18s).

O Papa é infalível? Eis uma das verdades ligada nos céus por João Paulo II: “Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força de seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé ou aos costumes” (CIC 891).

Jamais devemos submeter nossa liberdade pessoal, de maneira absoluta, a um poder terrestre, quando o que nos exigirem estiver em desacordo com a doutrina da Igreja, cujo Pastor é o Papa: “O Papa, Bispo de Roma e sucessor de S. Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiés. Com efeito, o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder” (CIC 882).

A desobediência ao Papa - tão manifesta entre leigos, presbíteros e até mesmo bispos -, dilacera o Corpo Místico de Cristo, a Igreja. Jamais esqueçamos que desobedecer o Papa é desobedecer o próprio Jesus. “O romano pontífice e os Bispos são os doutores autênticos dotados da autoridade de Cristo, que pregam ao povo a eles confiado a fé que deve ser crida e praticada” (CIC 2034).

Neste dia 22 de fevereiro, Festa Litúrgica da Cátedra de São Pedro, se preciso for, coloquemos uma dobradiça em nossa dura cerviz para que, submissos ao Papa Bento XVI, Vigário de Cristo na Terra, sirvamos à Igreja com incansável zelo e humildade. Em caso de dúvida, “Roma locuta, causa finita” (Roma falou, causa encerrada).


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