domingo, 23 de setembro de 2007

Testemunho de um milagre




Celso,

Sinto uma paz e ao mesmo tempo impulsionada pelo Espírito a relatar certas coisas a você. Agradeço pela oportunidade.

Recebi a efusão do Espírito em dezembro de 1998 em Curitiba, em um retiro de primeiro anúncio. Como diz a música do Nelsinho Corrêa: "Não dá mais pra voltar, o barco está em alto mar; o mar é Deus e o barco sou eu... e o vento forte que me leva pra frente é o amor de Deus".

O seu direcionamento espiritual levou-me a retornar à minha oração pessoal (lectio Divina), que havia deixado de fazer. Não tenho a graça da missa diária. Em nossa paróquia elas acontecem somente aos sábados. Os outros passos foram conseqüências do meu encontro pessoal com Jesus.

Desde que Simone e eu começamos a rezar o Rosário meu pai foi curado do vício do alcoolismo. A partir daí o Senhor tem realizado milagres e prodígios na minha vida e em minha família.

Eu era epilética em função do parto difícil de minha mãe. Quase morremos as duas, mas o Senhor teve misericórdia e sobrevivemos. Ficaram as seqüelas. Desde a infância precisei tomar medicamento controlado. Tinha convulsões várias vezes ao dia e por causa disso era sonâmbula, desligada, completamente insegura, com dificuldade de aprendizagem. Convulsionava durante as explicações do professor. Quando voltava não entendia o que estava acontecendo e, portanto, precisei me afastar da escola durante algum tempo.

Vivia no meu mundo como uma autista. O que mais me inconformava era que seria dependente desses medicamentos para o resto da vida. Depois de tantas idas ao médico, perguntei se havia cura. Ele me disse: "Eu não sou Deus; só ele pode fazer milagres”.Isso foi uma profecia que aconteceria anos depois.

Hoje, pela graça do meu Senhor, quero testemunhar que você foi instrumento de Deus na minha cura, quando profetizou no retiro que ministrou em Otacílio (cujo tema era: Jesus, único caminho de Salvação) que uma pessoa estava sendo curada de um problema na cabeça. No mesmo instante eu assumi a cura.

É como diz a letra da música do ministério Bom Pastor: "Filho de Davi, ouve a minha voz; Filho de Davi atende o meu clamor. Eu estou aqui para receber de Ti. Basta uma palavra e o milagre, enfim, acontecerá..." A partir daquele momento nunca mais precisei fazer uso de medicamentos, sem medo de convulsionar.

Minha mãe ficou extremamente preocupada. Insistia para que eu não parasse. Mas eu falava com a maior intrepidez: "Eu estou curada!" É por pura misericórdia que hoje sou graduada e especialista em Psicopedagogia, realizando com grande êxito minha profissão.Repito: Glória a Deus por você existir e ter sido canal da graça na minha vida!

Por tudo isso sou grata ao Senhor e quero sonhar o sonho de Deus!A Paz de Jesus e o Amor de Maria!

Mariléia

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Jesus: Psicólogo ou Senhor?


Celso Deretti

“Quem dizem os homens que eu sou?” (Mc 8, 27). Dois best-sellers tentam responder a pergunta que Jesus dirigiu aos seus discípulos: Jesus, o maior líder que já existiu e Jesus, o maior psicólogo que já existiu.

O que a princípio se apresenta como uma exaltação da pessoa de Jesus, acaba revelando-se uma distorção de sua verdadeira identidade. Jesus é superior a qualquer título que nós homens queiramos dedicar-lhe.

Conforme ensina a Igreja, “Jesus Cristo é o Senhor: possui todo poder nos céus e na terra. Está acima de toda autoridade, poder, potentado e soberania, pois o Pai tudo submeteu a seus pés (Ef 1, 20-22). Cristo é o Senhor da história” (Catecismo da Igreja Católica, 668).

Apresentar Jesus como um grande psicólogo, executivo, líder político ou algo semelhante significa reduzir sua pessoa a uma figura finita, limitada, co-adjuvante na história. É pô-lo lado a lado de gente famosa como Pelé (o maior jogador de futebol que já existiu), Steven Spielberg (o mago do cinema), Santos Dumont (o pai da aviação) ou qualquer outro grande nome da história – condecorados, porém, incapazes de libertar o homem do pecado e da morte ou abrir-lhe as portas do Céu.

Quem é Jesus?

Dos inúmeros títulos dados a Jesus na Sagrada Escritura (Rei dos reis, Dominador, Príncipe da paz, A Ressurreição e a Vida, A Porta, o Bom Pastor, Conselheiro admirável, Mestre, Juiz dos vivos e dos mortos, etc), a Igreja apresenta 4 como principais: Salvador, Cristo, Filho único de Deus e Senhor.


Jesus, o Salvador: Jesus quer dizer, em hebraico, “Deus Salva”. É o único nome divino que traz a salvação e a partir de agora pode ser invocado por todos, pois se uniu a todos os homens pela Encarnação, de sorte que “não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At, 4, 12) (CIC, 430 e 432).

Jesus, o Cristo: Cristo vem da tradução grega do termo hebraico “Messias”, que quer dizer “ungido”. O Messias devia ser ungido pelo Espírito do Senhor ao mesmo tempo como rei e sacerdote, mas também como profeta. Jesus realizou a esperança messiânica de Israel em sua tríplice função de sacerdote, profeta e rei (CIC, 436).

Jesus, Filho Único de Deus: Jesus designa-se a si mesmo como “o Filho Único de Deus” (Jo 3, 16) e afirma com este título sua preexistência eterna. Exige a fé “em nome do Filho Único de Deus” (Jo 3, 18). Esta confissão cristã aparece já na exclamação do centurião diante de Jesus na cruz: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus” (Mc 15, 39), pois somente no Mistério Pascal o fiel cristão pode entender o pleno significado do título “Filho de Deus” (CIC, 444).

Jesus, o Senhor: “Desde o princípio da história cristã a afirmação do senhorio de Jesus sobre o mundo e sobre a história significa também o reconhecimento de que o homem não deve submeter sua liberdade pessoal, de maneira absoluta, a nenhum poder terrestre, mas somente a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo: César não é “o Senhor”. “A Igreja crê... que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram em seu Senhor e Mestre” (CIC, 450).

O fim da história humana

O Papa Bento XVI, quando à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, exortou o rebanho católico sobre o perigo de se distorcer a identidade de Jesus: “Na reflexão teológica contemporânea é freqüente fazer-se uma aproximação de Jesus de Nazaré, considerando-o uma figura histórica especial, finita e reveladora do divino de modo não exclusivo, mas complementar a outras presenças reveladoras e salvíficas. O Infinito, o Absoluto, O Mistério último de Deus manifestar-se-ia assim à humanidade de muitas formas e em muitas figuras históricas: Jesus de Nazaré seria uma delas” (Documento Dominus Iesus).

Há brilhantes psicólogos e grandes líderes que influenciaram e influenciam dramaticamente o rumo da história; mas nenhum deles teve, tem ou terá em suas mãos o desfecho da história humana: “O Senhor é o fim da história humana, o ponto para o qual rendem as aspirações da história e da civilização, o centro do gênero humano, a alegria de todos os corações e a plenitude das suas aspirações. Foi ele que o Pai ressuscitou dos mortos, exaltou e colocou à sua direita, estabelecendo-o Juiz dos vivos e dos mortos” (Gaudium et Spes – Concílio Vaticano II).

É irrelevante saber se Jesus foi ou não o maior psicólogo ou líder que já existiu. Para que sejamos salvos é preciso confessar publicamente junto com Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (Mt 16, 16).

Oração: Jesus, eu convido-te agora a assentar-te no trono do meu coração. Eu te aceito como meu único Salvador e Senhor. Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo. A partir de agora tomo a decisão de viver em completa submissão à tua vontade. Dá-me a graça de praticar o que ordenais a fim de alcançar o que prometeis. Como um novo Pentecostes, derrama sobre mim teu Espírito Santo, a fim de que em todas as coisas eu seja agradável aos teus olhos. Nossa Senhora, Mãe de Deus e Estrela da Nova Evangelização, tornai-me uma fiel testemunha de Jesus, a fim de que todos os homens se convertam e se salvem. Amém!