quinta-feira, 17 de junho de 2010

A linda jornada de Angelino e Walecy Rosa





Celso Deretti



Angelino Rosa, neto de italianos e caçula de uma família de 5 filhos, nasceu em 18 de março de 1928 na bucólica vila Floresta, município de Erechim, Rio Grande do Sul (hoje, município de Barão de Cotegipe). Os pais, Angelo Rosa e Magdalena De Cecco Rosa, o batizaram na igreja matriz Nossa Senhora do Rosário, na atual Diocese de Erechim. Recebeu o Banho da Regeneração pelas mãos do padre Estanislau Pollon.

Sobre sua infância, resume: “Foi tranquila”. Aos 3 anos de idade, brincava no pátio da ferraria do pai, onde um cavalo estava sendo domado. “Repentinamente veio em minha direção. Milagrosamente a pata não me atingiu. No mesmo local, anos mais tarde, encontrei uma medalha de São José, que carrego comigo há mais de 70 anos”, relata emocionado. A família não perdia a missa dominical. “Todos os domingos o meu pai reunia a família em torno da mesa para a oração do Rosário em latim”, afirma.
Com chuva ou sol, frio ou geada, percorria diariamente 2 quilômetros a pé até sua escola primária. As professoras Maria Luiza e Tonita Pereira da Silva o incentivaram a continuar estudando, “numa época em que a maioria abandonava os estudos após o curso primário para trabalhar na agricultura com os pais”, relembra Angelino.
Aos 13 anos ingressa no Colégio Metodista, em Passo Fundo, em regime de internato. Liderança e oratória são evidentes no jovem Angelino. Com frequencia era chamado para discursar em ocasiões solenes. Em 1949, com medalha de honra, conclui o curso de Técnico em Contabilidade. Seu primeiro emprego é como contador na firma Amélio Rosa e Irmãos (Secos e Molhados).
Em 1952, conhece sua futura esposa, Walecy Rosa Vescovi. Casam no dia 20 de novembro de 1954 na igreja Nossa Senhora do Rosário, onde fora batizado. Em 3 de outubro de 1955 é eleito vereador em Erechim, com 363 votos. “Nesta mesma época entrei como sociogerente da Empresa Colonizadora Tegoni Ltda”, diz Angelino. Em pouco tempo, administra 3 empresas colonizadoras.
No dia 7 de outubro de 1963, é eleito prefeito de São José do Cedro, Santa Catarina.  Um encontro com o padre jesuíta Afonso Hansen, em Itapiranga, SC, marca profundamente a história de Angelino e Walecy. “Padre Afonso pediu que o seguíssemos até a gruta de Nossa Senhora de Lourdes, em meio da mata. Ali pediu que nos ajoelhássemos. Fizemos uma oração com profunda devoção. Em seguida bateu no meu ombro e disse: “Você é deputado estadual. Ninguém vai se assentar na tua cadeira na Assembléia Legislativa. Está reservada para ti”. Em 1966 é eleito deputado estadual pela antiga Arena. “Fui o penúltimo colocado. Quatro anos depois fui o deputado estadual mais votado de Santa Catarina”, relata.
Em 1974 é eleito deputado federal. Em 1978 é reeleito. Na Câmara dos Deputados assume a presidência do Grupo Parlamentar Cristão. A convite do Senado dos Estados Unidos, participa três vezes do Dia Nacional de Oração naquele país. É recebido no Vaticano, em audiência particular, pelo Papa Paulo VI e depois pelo Papa João Paulo II.
Na Renovação Carismática Católica exerce o mandato de Coordenador da Arquidiocese de Florianópolis. Conhece o seminarista Márcio Alexandre Vignoli. Angelino e Walecy se tornam padrinhos de ordenação do padre Márcio. O neosacerdote funda a Comunidade Católica Divino Oleiro e a Associação Fraterna Divino Oleiro. Angelino assume a presidência de honra da associação e, com a esposa Walecy, ingressam como irmãos de aliança na comunidade.
Algumas de suas realizações: Faz a doação de uma área de 7 mil metros quadrados na praia de Ingleses, para a construção do Santuário do Sagrado Coração de Jesus. Contribui decisivamente para erguer o santuário; paga a maior parte do aluguel da Rádio Santa Catarina; cobre quase todo o custo de aquisição da Rádio Cultura AM, 100 por cento católica; Doa o terreno para a construção da Vila do Divino Oleiro, em Governador Celso Ramos, SC; custeia a construção da Casa de Formação São José (noviciado), a Casa de Retiros Virgem da Anunciação e oferece todos os recursos para a construção do maior e mais moderno centro de evangelização católico do Sul do Brasil, o Centro de Evangelização Angelino Rosa, com capacidade para 3 mil pessoas sentadas.
Em reconhecimento por seus serviços prestados à Igreja, o Papa João Paulo II concede a Angelino Rosa a medalha que o torna Cavaleiro Pontifício da Ordem de São Gregório Magno (A Pontifícia Ordem de São Gregório Magno foi criada em primeiro de setembro de 1831, pelo Papa Gregório XVI). Angelino tem o privilégio de ser saudado pela Guarda Suíça do Vaticano.
Jesus afirma: “Qualquer um de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 33). Angelino e Walecy Rosa: dois verdadeiros discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Um comentário:

  1. Tive a aportunidade de conhecer esse casal abençoado...
    e sem medo de errar afirmo são anjos na Terra....
    Morgana Maffei Diocese de Criciuma SC

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